Guebuza diz que o país "não precisa de patrão estrangeiro"
Sistematicamente, a liderança da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) acusa o principal partido da oposição, Resistência Nacional de Moçambicana (Renamo), de ser uma criação externa.
A referência à origem externa da Renamo tem a ver com o facto deste partido ter recebido apoios do regime de minoria branca da Rodésia do Sul, atual Zimbabué, e, mais tarde, do "apartheid", da África do Sul, durante o tempo em que movia uma guerra contra a Frelimo.
Falando no encerramento da II Sessão Ordinária do comité central da Frelimo, o presidente do partido, Armando Guebuza, defendeu que o país não precisa de um patrão estrangeiro.
"A todos os que se sentem carentes de patrão, um patrão que deve ser necessariamente estrangeiro, nós já somos um Moçambique livre e independente, um país cujo patrão é o maravilhoso povo moçambicano. Repetimos, nós não precisamos de um patrão estrangeiro", declarou o presidente da Frelimo.
Num discurso já virado para as eleições autárquicas de novembro, Armando Guebuza afirmou que o partido vai trabalhar para conseguir uma "vitória esmagadora e convincente".
"É com a Frelimo dialogante e promotora do diálogo que devemos vencer, de forma esmagadora e convincente, as próximas eleições autárquicas", disse o presidente do partido no poder.
A II Sessão Ordinária do comité central da Frelimo avaliou o desempenho da comissão política, da bancada do partido na Assembleia da República, do Governo e dos autarcas do partido nos municípios.